quinta-feira, 22 de outubro de 2020

sábado, 1 de setembro de 2018

ATENÇÃO! Este é um texto RESPOSTA. Procurem no Google por “Todo vegano tem que ser comunista?” que vocês vão achar o texto que gerou a resposta. "DIREITOS ANIMAIS VEGANISMO VEGANISMO INTERSECCIONAL Resposta ao texto “Todo vegano tem que ser comunista?” POSTED ON11 DE ABRIL DE 2016226 VIEWS Vegans comunistas: o texto que eu respondo deixa a entender que eles são muito numerosos no meio vegano de esquerda brasileiro Vegans comunistas: o texto que eu respondo deixa a entender que eles são muito numerosos no meio vegano de esquerda brasileiro Um texto contrário ao comunismo, de autoria de um vegano cuja posição política parece ser de direita, foi publicado recentemente em um blog do site Medium. Argumenta por que não seria válida a crença, supostamente manifestada por grande parte dos veganos de esquerda, de que todo indivíduo vegano deveria ser comunista para ser realmente coerente. Mas acaba falhando ao tentar desvencilhar veganismo de convicções políticas, por ser essencialmente um artigo alicerçado em falácias, principalmente a do espantalho. A princípio, vale saber o que é uma falácia do espantalho. É um argumento que critica uma pessoa ou ideia com base em uma suposta característica que na verdade ela não tem. É como alguém que confecciona um espantalho que se supõe representar o indivíduo X e, ao esmurrá-lo, diz que está batendo em X – mas na verdade está batendo apenas num boneco, uma representação falsa e distorcida, de X. Ao saber o que é a falácia do espantalho, é possível perceber onde o artigo aqui respondido erra. Ele falha em ser um refutador da esquerda vegana porque incide numa impressão falsa e deturpada do que ela realmente pensa. O texto não deixa muito claro se se refere a todos os veganos de esquerda brasileiros ou só àqueles que defendem o veganismo e o comunismo. Mas deixa a entender que os comunistas seriam uma parcela grande da população vegana brasileira, embora não prove isso com nenhum dado estatístico. Fica parecendo, para o leitor leigo em assuntos político-ideológicos, que a defesa do comunismo é algo muito comum em fóruns veganos e páginas sociais veganas de esquerda do Facebook – o que não é verdade. A seguir, traz cinco supostas premissas do que os “veganos comunistas” estariam defendendo, e contra-argumenta visando refutá-las: “1. O especismo foi criado pelo capitalismo; 2. O capitalismo é responsável pelo especismo; 3. Não existe especismo fora do capitalismo; 4. O capitalismo deve ruir juntamente com o seu produto — o especismo; 5. É impossível ser abolicionista na conjuntura econômica capitalista.” Todas as cinco são falaciosas. Acabam fazendo uma confusão entre comunismo (a ideologia difundida por Marx e Engels que visa derrubar o capitalismo e implantar uma sociedade sem Estado através de uma transição pela “ditadura” dos trabalhadores) e o anticapitalismo. E desconsideram que nem todo anticapitalista é comunista. A primeira premissa atribuída aos veganos comunistas (“O especismo foi criado pelo capitalismo”) não se sustenta entre a esquerda vegana. Estima-se que pouquíssimos veganos de esquerda realmente acreditam nisso. Pelo contrário, é mais comum saber que o especismo vem pelo menos desde a Revolução Neolítica, quando a pecuária surgiu e submeteu os animais não humanos ao atributo de propriedade de seres humanos pela primeira vez. O papel do capitalismo na verdade foi radicalizá-lo a níveis quali e quantitativos jamais vistos – vide agronegócio pecuarista, fazendas e granjas industriais, grandes corporações de alimentos de origem animal, pesca industrial, laboratórios de experimentação animal, publicidade de produtos animais etc. Sabemos que o capitalismo não criou o especismo. Mas nem por isso é negável o papel essencial desse sistema econômico para o recrudescimento e otimização da exploração animal. Ou seja, uma coisa é saber que o capitalismo impulsionou o especismo a níveis inéditos na história do planeta. Outra, muito diferente, é crer que o capitalismo criou a inferiorização moral dos animais não humanos. Cai na mesma armadilha falaciosa a segunda premissa (“O capitalismo é responsável pelo especismo”). Sabemos que há e houve especismo em sociedades não capitalistas – incluindo a Índia antiga, apesar de parte de suas maiores religiões pregarem a abstenção de carne e ovos –, e que os países adeptos do “socialismo real” no século 20 não pararam de tratar animais não humanos como coisas. O que, creio eu, a maioria dos veganos de esquerda acredita é que o capitalismo é responsável não pela existência do especismo, mas sim por sua sofisticação e robustez extremas adquiridas ao longo dos últimos dois séculos. As respostas às duas primeiras falsas premissas também respondem a terceira (“Não existe especismo fora do capitalismo”). Já a quarta (“O capitalismo deve ruir juntamente com o seu produto — o especismo”) e a quinta (“É impossível ser abolicionista na conjuntura econômica capitalista”) são rebatidas de uma só vez, não sendo tão obviamente erradas quanto as outras três. Mas a resposta também cai em falácia. Incorre na falácia de argumento desconexo, também conhecida como non sequitur. Ela consiste em lançar um argumento em que premissa e conclusão aparentam se conectar mas em realidade não se batem. Sua linha de raciocínio é que “A teoria de Marx e seguidores tinha aspectos especistas, logo não faz sentido defender a abolição simultânea do especismo e do capitalismo”. Mas premissa e conclusão não são compatíveis aqui porque o marxismo é muito mais flexível aos novos valores ético-morais das sociedades do que muitos antimarxistas pensam. Não é porque Marx e sua teoria materialista histórico-dialética achavam, no século 19, que os humanos seriam “moralmente diferentes” dos animais não humanos, que as teorias revolucionárias marxistas do século 21 estão impedidas de incorporar o abolicionismo animal e defender a libertação simultânea dos humanos e dos não humanos. A seguir, depois de mencionar Jeremy Bentham como um dos pioneiros do antiespecismo – mesmo ele tendo sido bem-estarista –, faz um parêntese: “Falar que o veganismo é impossível no capitalismo é como afirmar que é impossível não ser racista ou homofóbico no mundo capitalista”. Trata-se de mais um espantalho. Ninguém do meio vegano de esquerda diz que o veganismo é “impossível” no capitalismo. Mas sim que o veganismo pautado pelos valores morais capitalistas é muito limitado, em suas chances de libertar os animais não humanos sem abolir a exploração e discriminação (racista, machista, heterossexista, xenófoba, transfóbica, fascista, elitista etc.) dos humanos. Além disso, se estivéssemos alegando que o veganismo é “impossível” no capitalismo, estaríamos dizendo, na prática, que não existem vegans no mundo, considerando que o veganismo como conhecemos surgiu dentro do contexto moral da modernidade capitalista. O texto chega à sua conclusão nos dois últimos parágrafos: “[…] os anticapitalistas passam a exigir dos veganos uma reforma estrutural e econômica, associando o veganismo a uma espécie de pureza individual ou evolução social, incorporando todas as lutas políticas do mundo inteiro em uma só. Tal visão megalomaníaca é absolutamente incompatível com qualquer tipo de luta política.” Associar a interseccionalidade entre veganismo e libertação humana a uma “pureza individual” e uma fusão de “todas as lutas do mundo em uma só” é desconhecer o veganismo interseccional e o que ele realmente defende. Já falei, em textos anteriores (como esse, esse e esse), que ser vegan interseccional, ou pelo menos respeitar as bandeiras de emancipação humana, não é ser “melhor” e “mais puro”, mas sim ser mais coerente e levar a ética animal mais a sério. Exigir coerência não é querer que as pessoas sejam “puras”, mas sim simplesmente éticas. Achar que vegans interseccionais almejam “pureza individual” e “curar o mundo de todos os seus problemas” é incidir num argumento preconceituoso semelhante ao de muitos antiveganos assumidos: o de que não comer carne ou defender o bem-estarismo já seria o suficiente e que defender o veganismo seria “muito radical”, “querer demais das pessoas” e “exigir pureza” delas. E dizer que estamos querendo “juntar todas as bandeiras do mundo em uma única” é desconhecer as relações específicas que os Direitos Animais têm, por exemplo, com o feminismo, o ambientalismo, as lutas dos trabalhadores, o campesinato, os direitos dos indígenas etc. e juntá-las todas numa massa homogênea. E é uma falácia prima daquela de antiveganos que perguntam por que defendemos os animais não humanos “com tanta criança passando fome”, já que ambas fazem pouco caso da possibilidade de defender seres humanos e não humanos ao mesmo tempo e em lutas coordenadas, não necessariamente fundidas numa só campanha uniforme. Isso também responde ao parágrafo final: “Abarcar todos os ideais em um só propósito não o fará mais viável ou palatável, pois aqui defende-se que o especismo acabará somente quando toda a exploração humana também o for, ou seja, tira-se o objeto principal de discussão – os animais não-humanos – para dar lugar às problemáticas humanas. Um desígnio, por mais nobre que possa parecer, que não conseguirá outra coisa a não ser atrasar o fim da exploração animal.” Parágrafo esse que cai na falácia do espantalho de dizer que nós vegans interseccionais estaríamos “tirando de discussão os animais não humanos” para “dar lugar às problemáticas humanas”. Esse argumento também tem parentesco com a falácia especista das crianças famintas, já que indiretamente nos pergunta com retórica: “Por que vocês estão pensando nos seres humanos com tantos animais não humanos sendo explorados e mortos por aí?”, ignorando que o veganismo interseccional defende animais humanos e não humanos ao mesmo tempo, com o mesmo grau de prioridade e de maneira coordenada e sincronizada, respeitando-se as particularidades de ambos. Eu acho uma pena que muitos veganos, para defender posições conservadoras para com seres humanos, se invistam do mesmo universo de falácias lógico-argumentativas que especistas assumidos e opositores do veganismo utilizam para defender a produção e consumo de alimentos de origem animal. Tachar grande parte dos veganos de esquerda – sem prévio levantamento estatístico – de “comunistas” e atribuir-lhes falsas crenças sobre a associação entre especismo e capitalismo nada é além de falacioso. E acaba vindo com o mesmo intuito dos especistas e antiveganos: defender um status quo baseado em hierarquias morais, preconceito, discriminação, dominação, violência e injustiça."

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Inveja!

Tem gente que tem tanta inveja que inveja até a bondade alheia! Preciso rezar mais!

AJUDANDO A AJUDAR!

Olá pra todos que passarem por aqui. Tenho ficado muito ausente. No facebook a inteiração é constante e gosto de gente, de conversar, debater, discutir e, às vezes, até brigar. Gente normal, acho, briga, rs. Mas quando quero falar comigo mesma, permitindo que me leiam nas entrelinhas, volto pra cá. Hoje queria falar de solidariedade e compaixão - valores às vezes tão esquecidos por alguns. E falo de solidariedade em seu grau máximo, solidariedade para com todos os seres vivos, humanos e não humanos. Somos elos perfeitamente encaixados no sistema e não há solidariedade verdadeira se ela não envolver os animais não humanos que, conosco, habitam o universo. Sou presidente de uma ong de ajuda animal e temos muitos animais a ajudar, sejam cães, gatos, cavalos, tatus, enfim, todos que necessitarem de ajuda. Hoje temos gastos altos com animais internados, vítimas da maldade e do descaso humano e precisamos da ajuda daqueles que realmente compreendem o sentido e o alcance dessa corrente de amor. Se engaje em uma ong, participe, ajude, seja voluntário. Conheça nosso trabalho e o trabalho de protetores independentes. Os animais precisam de você e de sua solidariedade. Esta é minha página pessoal e nela você encontrará todos os animais que assistimos. Esperamos você que tem o coração cheio de amor e gratidão por conviver com estes seres especiais chamados irracionais. https://www.facebook.com/jussara.dealmeida