terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Tive uma epifania. Resolvi que vou ser o que não esperam. Não esperam que eu me cale e calarei, que eu transgrida e vou transgredir. Não esperam que eu fique inerte e ficarei. Não esperam nada de mim  e eu surpreenderei. Sem falar,  sem movimento, sem epifania aparente, serei o que não esperam de mim, serei eu, essencialmente eu, o eu que não conhecem porque ultrapasso os limites da compreensão daqueles que não fazem esforço nem pra se entender. Serei eu em busca silenciosa daquele que como eu simplesmente será o que dele não esperam, alguém brutalmente sereno, enloquecidamente tranquilo em sua busca de um amor tranquilo e ao mesmo tempo selvagem. Aquele alguém que na madrugada mansa se descobre capaz de um prazer quase animal e complementamente alucinante. Um alguém que será apenas o que não esperam dele - um homem de verdade.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Eu, Camila Lud indo pro casamento de Marcos e Monique


Tenho desejo.
Desejo de amor, amizade, afeto, carinho, de voltar a andar descalça, na chuva, cabelo molhado, sem chapinha.
Desejo de voltar ao riso sem compromisso, sem intenção,  malicioso e inocente.
Desejo de namorar, sem casar, sem compromisso de viver um amanhã certinho, regrado, limitado.
Tenho desejo do aroma do campo, do sal da praia, do vento da estrada. Ah! Desejo de viajar, todas as viagens sãs, sem nóia ou delírio. Viagens de verdade, não ilusórias.
Acordar com cheio de café de Ibitipoca, numa ótima companhia.
Desejo de uma ótima companhia. Onde estão aqueles velhos amigos? Gordos, casados, chefes de família.
Onde estão os novos amigos? Não os fiz, não tive tempo.
Só tive tempo pro trabalho, marido, filhas, cachorros, papagaios e canários.
Agora tenho desejos antigos ressuscitados nos novos sonhos, desejos guardados nas caixinhas do armário do casamento desfeito. Até abrir todas as caixinhas e reavivá-los....
Mas ainda bem: tenho os desejos, todos os desejos de quem tem amor pela vida,  pela liberdade, pela alegria de todos os gostos e sabores que ela revela. Gosto de pão doce, sem medo da celulite, sorvete de flocos na praça da praia, sol, vento, mar, poeira do asfalto de Manilha. Isto me lembra Búzios e a rua das Pedras. Isso me lembra que preciso retomar a idéia das viagens. E também me relembra a idéia de que  preciso arrumar um namorado pra viajar comigo. Eis o problema que me impede: cadê o namorado sem nóia, sem vontade de parecer sério, mas sério na vontade de compartilhar, abraçar, amar, ser feliz????

domingo, 8 de novembro de 2009

Hoje queria falar do fim do meu casamento - essa relação que perdurou por 11 anos, longos 11 anos de minha vida. Queria lamentar, chorar, dizer do amor que tive e não foi valorizado, do meu luto, da minha perda, da minha tristeza, mas......não posso, não posso prantear o fracasso, prolongar a dor, nutrir o medo da solidão e do abandono. Dane-se o medo, a dor, o pranto, o luto. Quero viver, reviver, começar a viver, ser feliz, de novo, tentar novamente o acerto, ou o erro, que seja,  mas recomeçar. Por isso, não vou falar do fim do meu casamento, mas do recomeço da minha vida. O que passou foi como uma pausa na estrada, ou uma fase que terminou. Tenho de olhar a lua e lembrar que ela é a lua dos amores, olhar o sol e lembrar que ele leva o dourado de corpos prontos a se entregarem ao amor e à alegria de viver. Pisar as águas do mar e lembrar quanta vida encobre suas ondas. Vou mergulhar na luz de um novo dia, uma nova estrada, uma velha história, mas com um novo capítulo. Estou pronta, pronta para recomeçar a contar minha história. Que os próximos capítulos sejam alvos, mansos, mas também feitos de tormentas e trovoadas. Detesto vida monótona, odeio vida mais ou menos, vida que não merece ser vivida. Quero a alegria depois da lágrima, o abraço de adeus, pra um tempo depois matar a saudade num novo abraço de reencontro.  Esta sou eu, sempre, sempre, sempre, um recomeço, um eterno querer e não querer, ser e não ser, simplesmente eu.

domingo, 4 de outubro de 2009

Queria entender porque as pessos nos julgam, nos rotulam e nos transformam naquilo que eles pensam que somos. Aí nos vêem como querem e pronto - somos o que eles querem. Mas eu não sou. Sou fruto de mim mesma, de minhas contradições e meus erros, meus encontros e meus acertos. Queria que você me visse assim, como eu sou: amiga, generosa, fiel aquilo que acredito, aquilo que amei, aqueles que amei e amo. Não tenho medo de dizer que mantenho meus próprios valores, a par da sorte, ou da falta desta, a par do caráter dos outros, ou da falta destes. Só uma coisa não tolero: o egoísmo de quem pensa só na sua verdade, esquecendo que sempre é possível ver as coisas de uma outra forma. Sim, é possível manter o amor incondicional por alguém; e  incondicional significa: sem retorno algum, simplesmente amor e nada mais. Amo a vida, amo a beleza das coisas simples que Deus me deu, amo ver o dia nascer e a ao entardecer assistir aquela lua que chega pra iluminar meu quintal e minhas madrugadas. Amo o canto do sabiá que vem todas as manhãs na laranjeira da minha janela; as meninas que a vida me trouxe pra me beijarem pela manhã, ao sair pra escola, a mãe que Jesus me emprestou pra trazer-me ao mundo e o pai que contribuiu  pra essa chegada. Enfim, de alguma forma, amo todos que passaram pela minha vida, porque, também de alguma forma, contribuíram para eu ser o que hoje sou: melhor que ontem e pior que amanhã. Por isso também vou amar todos que ainda vierem para me tornar alguém melhor. Assim, sempre vou amar você,  que foi, é, e sempre será,  sempre o meu grande amor. 

sábado, 12 de setembro de 2009

Esta é só uma postagem pra dizer do amor que tenho, pela vida, pela natureza, por Deus, e por um homem. E este amor insiste e persiste há tanto tempo, guardado num canto do peito, no mais secreto dos recantos do meu coração. Não é melancólico, não é renegado. Ele foi cultivado como se cultiva uma linda flor, um lindo jardim. Sinto por ele um profundo carinho, um carinho que mantive intacto pelo respeito ao amor que sinto. Ele não sabe que este sentimento perdura. Eu o guardei quieto, calado -  não sufocado, mas contido - pra não invadir seu espaço, pra não mantê-lo comigo  (quando ele precisa sair e crescer). Mas amo. E, como disse Vinícius, que não seja imortal, posto que é chama, mas ele durará para sempre, porque o meu é um  infinito amor.E não há aqui nenhuma dor a não ser a de não tê-lo ao meu lado. Eu sempre vou te amar meu sempre menino.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Vinícius de Moraes


Soneto de Devoção


Essa mulher que se arremessa, fria
E lúbrica aos meus braços, e nos seios
Me arrebata e me beija e balbucia
Versos, votos de amor e nomes feios.


Essa mulher, flor de melancolia
Que se ri dos meus pálidos receios
A única entre todas a quem dei os
Carinhos que nunca a outra daria.


Essa mulher que a cada amor proclama
A miséria e a grandeza de quem ama
E guarda a marca dos meus dentes nela.


Essa mulher e um mundo! - uma cadela
Talvez... - mas na moldura de uma cama
Nunca mulher nenhuma foi tão bela.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Quando não souber o que falar, o que pensar e o que sentir, apenas leia:
Eu não existo sem você (Vinícius de Moraes)
Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham pra você
Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
Eu não existo sem você

domingo, 30 de agosto de 2009

Amor e tempo.

Pra você!

Tenho muitas históricas. Como mta. gente, mtas. micro histórias. E que bom se pudesse contá-las todas, de uma vez ou em dezenas de anos, para só uma pessoa. Alguém que imensamente amei, há mto. tempo atrás. Amei despudoradamente, desmesuradamente, com toda a minha alma e meus pensamentos. E ainda amo, de uma maneira diferente, claro, como tudo de bom que nos acontece - e ele foi a melhor coisa que me aconteceu: louca e avassaladora, mas também a mais pura, mansa e suave. Foi um amor que transformou-se, pela ausência, num bem querer eterno. Enquanto eu viver, vou querer que ele esteja feliz, que viva como eu vivi, que tenha se desprendido de seus medos pueris e ao mesmo tempo doces. Quero que ele tenha crescido e que suas qualidades, que eram muitas, tenham se multiplicado. Que caráter tinha aquele menino! Seu defeito? Orgulho, um enorme orgulho que o afastou de mim, forte, resolvida, emancipada e infeliz. E absolutamente entregue aquele amor. O perdi sem que ele nunca fosse meu de verdade e por inteiro e, as vezes, há perdas que nos impedem qualquer redescoberta. Outras vezes não. Estivemos sempre tão perto e tão longe, e ainda assim, ainda hoje, é como se eu tivesse visto seu rosto ontem, pela primeira vez, no balcão do boliche de um shopping, e, pela última vez, me deixando partir sozinha. Queria tanto e, não sei porque, mas ainda quero, que ele apenas saiba disso, que senti, sinto e sentirei sempre. Acho que o amor é alguma coisa táo difícil! Ficaria feliz se alguém tivesse me amado assim.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Pensei um dia pudesse olhar para trás e dizer: não me arrependo de nada na vida, apenas do que não fiz. Ledo engano. Me arrependo de muita coisa que fiz, mas o tempo não volta atrás. E se não volta, volto a olhar pra frente e penso: não posso refazer o que fiz de errado, mas posso tentar acertar de novo. Este é o caminho: continuar a sonhar e acreditar.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

JF - dia de chuva.

AMORA E CACHORRO


AMORA E CACHORRO, upload feito originalmente por SERRA DA ESTRELA Dog Breed Photos.

espero que os donos não se importem de eu tomar emprestado. São lindos cães de uma quinta portuguesa, cujas fotos estão no flickr. Magnífica mamãe e seu filhote.

 
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Lud e Ma. Clara

 
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Lud e Bárbara

 
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eu e Lud

 
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